segunda-feira, 11 de abril de 2011

Em época de eleições IV

Num período de aperto orçamental, em que se fala em cortar despesas públicas, socialmente relevantes e próprias de qualquer sociedade humana que tenha um mínimo de justiça e solidariedade social, torna-se difícil compreender os subsídios de transporte.
Porque é que os cidadãos de Lisboa, Porto e Funchal têm os seus transportes públicos subsidiados e os do resto do País não?
Porque é que os cidadãos das Ilhas tem os seus transportes para o Continente subsidiados e os do Continente não tem subsídios nos transportes para as Ilhas?
Porque é que algumas auto-estradas têm as portagens pagas pelo Estado e outras não?
Certamente encontrar-se-ão respostas que justificam essas diferenças. Mas essas despesas públicas serão prioritárias relativamente a cortes nos ordenados, nas despesas de saúde e de educação, nas reformas e pensões? Justifica-se manter esses subsídios e aumentar o IVA?
Certamente seria preferível e socialmente mais justo cobrar portagens em todas as auto-estradas e diminuir as tarifas para transportes colectivos e de carga. Igualmente, seria preferível e socialmente mais justo tratar todos os cidadãos da mesma maneira. Isto é, não beneficiar os cidadãos de Lisboa, Porto e Funchal no preço que pagam pelos seus transportes
urbanos e suburbanos em relação aos cidadãos que moram e trabalham em outras localidades.
Seria desejável que os partidos políticos deixassem de iludir os portugueses com questões gerais e "jogos de empurra" e expressassem as suas opções nestas matérias com frontalidade para que os eleitores pudessem determinar o seu sentido de voto com mais substância.

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