segunda-feira, 22 de março de 2010

A propósito do PEC - 1

Em minha opinião, uma Pátria tem, necessariamente, um destino que passa por uma forte coesão entre o povo que a define. A história mostra-nos que é sempre o povo que nos momentos de crise a defende, que luta solidariamente por ela, que faz sacrifícios. Foi assim, tanto na crise de 1383/1385, como na epopeia dos Descobrimentos, como ainda na Restauração, na sequência do ultimato inglês e da Implantação da República e em muitas outras situações em que foi preciso defende-la. Sempre que o poder político, fosse ele qual fosse, soube estar à altura do povo, este generosamente não poupou sacrifícios. Tão generoso que por vezes até se deixou enganar durante algum tempo mas, mais tarde ou mais cedo, sempre soube correr com os tiranos que traíram a Pátria e enganaram o Povo. Para não irmos mais longe, foi assim há 36 anos quando as Forças Armadas, na altura expressão do Povo, se fartaram das balelas do Império e de morrer por nada.
Hoje, embora o povo português esteja com muito melhor qualidade de vida do que tinha há 36 anos, é com pesar que verificamos que a desigualdade entre ricos e pobres é cada vez maior, que não conseguimos criar empregos dignos em quantidade suficiente, que a precariedade profissional e a insegurança pessoal estão cada vez mais generalizadas, que a ganância e o egoísmo são a regra, que os valores morais e os princípios éticos estão completamente subvertidos à lógica do "safar-se a qualquer preço". Constata-se que muitos detentores dos "pequenos e médios" poderes políticos estão nele para se servirem e não para servirem o povo a que pertencem. É desolador verificar que os detentores do poder económico têm nos políticos os seus serventuários para moldar os orçamentos do Estado e os programas de investimento público aos seus interesses particulares, de modo a abocanharem a "maior fatia do bolo".

1 comentário:

  1. A tentativa de alienar a RTP não é nova, os argumentos é que vão variando.
    Pois, meus caros, a RTP faz falta, uma televisão de serviço público faz falta, não é por acaso que outros países a têm. O que não faz falta nenhuma é a corja de burros sustentados a pão de ló que por lá têm passado, incapazes, desconhecedores do meio, meros capachos e fazedores de fretes que apenas sabem bajular incompetentes e desqualificar quem sabe da poda!!

    RA

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