Na primeira noite, eles se aproximam
e colhem uma flor no nosso jardim,
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores e matam o nosso cão,
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua
e, conhecendo o nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E, porque não dissemos nada
já não podemos dizer nada.
Maiakovski
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
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